General Admite Plano para Matar Lula e Moraes
Mario Fernandes disse que documento que previa matar autoridades era “pensamento digitalizado”, um “compilado de dados”
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Em um interrogatório tenso no Supremo Tribunal Federal (STF), o general Mario Fernandes admitiu ser o autor do documento intitulado "Punhal Verde e Amarelo", que detalhava um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes. O general, que atuou como secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência, qualificou o documento como um mero "pensamento digitalizado", um "compilado de dados" sem intenção de execução.
Fernandes afirmou que o arquivo, inicialmente nomeado "Fox_2017.docx", nunca foi compartilhado com ninguém. Ele se disse arrependido de ter digitalizado o plano, insistindo que não representava uma ameaça real. A defesa do general argumenta que o documento é descontextualizado e que seu conteúdo não acrescenta nada ao processo.
A revelação ocorre no contexto de um processo maior que investiga a participação de diversos indivíduos, incluindo o próprio general, em um esquema para obstruir as eleições de 2022. Outros réus, acusados de usar a máquina pública para dificultar o acesso de eleitores às urnas, especialmente no Nordeste, também estão envolvidos neste caso de grande repercussão nacional. A investigação continua em andamento, e novas informações podem surgir nos próximos dias.