A estranha atitude de Gilmar Mendes no julgamento do “Careca do INSS” intriga o STF

Ministro declarou-se impedido de analisar prisão preventiva do lobista apontado como operador de esquema milionário

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Foto: Imagem em destaque


Uma movimentação inesperada marcou o julgamento sobre a prisão preventiva de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti. O ministro Gilmar Mendes, de forma considerada estranha até mesmo por colegas, declarou-se impedido de participar da análise no plenário virtual da 2ª Turma do STF.

O relator do caso, ministro André Mendonça, já votou nesta sexta-feira (26) pela manutenção das prisões preventivas. Os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin e Nunes Marques têm até 3 de outubro para registrar seus votos. O processo segue em sigilo.

Antunes é acusado de articular um esquema de desvio de recursos destinados a aposentados e pensionistas por meio de uma rede de 22 empresas usadas para intermediar contratos e ocultar movimentações financeiras. Entre 2022 e 2024, ele teria movimentado R$ 53,58 milhões, sendo R$ 9,33 milhões direcionados a servidores do INSS ou pessoas ligadas a eles.

A PF apreendeu veículos de luxo, como Porsche, BMW e Land Rover, em endereços vinculados a ele. Além disso, o lobista mantinha uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, apesar de declarar renda mensal de apenas R$ 24 mil.

As investigações seguem em andamento, e o silêncio de Gilmar Mendes diante do caso abre margem para novas especulações sobre os bastidores do Supremo.

Fonte: Jornal da Cidade Online