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María Corina receberá 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões), além do reconhecimento internacional por sua corajosa defesa da liberdade e da democracia

Escolha do Nobel da Paz é mais uma dura pancada no regime tirânico de Nicolás Maduro
Foto: Jesus Vargas/Getty Images

A líder opositora venezuelana María Corina Machado foi laureada com o Prêmio Nobel da Paz 2025. O anúncio foi feito pelo Comitê Norueguês do Nobel nesta sexta-feira (10). A premiação reconhece seu trabalho pela promoção dos direitos democráticos na Venezuela — uma vitória moral e simbólica sobre o regime autoritário de Nicolás Maduro.

O Comitê justificou a escolha de Machado “por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.

María Corina receberá 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões), além do reconhecimento internacional por sua corajosa defesa da liberdade e da democracia.

"Como líder do movimento pela democracia na Venezuela, María Corina Machado é um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos", declarou o Comitê Norueguês do Nobel.

O comunicado ressalta ainda que, em um mundo com crescente ameaça aos valores democráticos, a coragem de Machado inspira milhões de pessoas que acreditam na liberdade. “É precisamente isso que está no cerne da democracia: nossa disposição compartilhada de defender os princípios do governo popular, mesmo que discordemos.”

Fundadora da Súmate, organização dedicada ao fortalecimento do voto e da participação popular, María Corina defende eleições livres há mais de 20 anos. Segundo ela mesma declarou: “Foi uma escolha entre votos e balas.”

Em janeiro deste ano, Machado foi detida na Venezuela após permanecer meses escondida. O regime de Maduro segue perseguindo opositores que questionam os resultados das eleições de 2024. A prisão da líder democrata ocorreu após um ato público em Chacao, Caracas, e provocou comoção internacional.

Mesmo impedida de disputar as eleições presidenciais, María Corina tornou-se símbolo da resistência contra o autoritarismo e da esperança de um novo futuro para a Venezuela — uma verdadeira inspiração para toda a América Latina.

Fonte: Comitê Norueguês do Nobel