VERGONHA NA CPMI: Governo blinda Lulinha e impede convocação sobre “mensalão” de R$ 25 milhões na Farra do INSS

Foto: Reprodução do Instagram

A CPMI do INSS rejeitou nesta quinta-feira (4) a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho mais velho do presidente Lula, mesmo após ele ser citado em depoimento à Polícia Federal como beneficiário de uma suposta mesada de R$ 300 mil ligada ao esquema que desviou dinheiro de aposentados e pensionistas.

O requerimento para ouvir Lulinha foi derrubado por 19 votos contra 12, com a base governista orientando voto contrário e atuando como verdadeira tropa de choque para proteger o filho do presidente. Deputados governistas acusaram a oposição de tentar “desviar o foco” da investigação, enquanto a ala contrária fala em blindagem explícita do “coração do esquema”.

Depoimento fala em R$ 25 milhões e mesada de R$ 300 mil

Segundo depoimento de Edson Claro, ex-funcionário de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, Lulinha teria recebido um pagamento de R$ 25 milhões, além de uma mesada mensal de cerca de R$ 300 mil ligada às operações fraudulentas que ficaram conhecidas como “Farra do INSS”.

O relato, que chegou à CPMI por meio da PF, descreve Lulinha como um dos beneficiários do esquema que explorava benefícios de aposentados e pensionistas, exatamente o público que o governo diz defender. A base do PT, porém, preferiu atacar a credibilidade do depoente em vez de autorizar a convocação para esclarecer os fatos.

Mudança para Madri aumenta desconfianças

Lulinha se mudou para Madri, na Espanha, em meados de 2025 e, segundo apurações de bastidores, só pretende voltar ao Brasil após o fim do atual mandato do pai. A saída do país ocorre justamente quando a CPMI avança sobre o esquema do INSS, alimentando suspeitas de que ele teria tido acesso antecipado às investigações.

Parlamentares da oposição querem saber se a mudança para o exterior foi uma decisão normal de trabalho ou uma manobra para tirar o filho do presidente do alcance político e institucional da CPMI e das futuras fases das investigações.

Governo fala em “desvio de foco”; oposição fala em blindagem

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), líder do governo na comissão, afirmou que a convocação de Lulinha serviria apenas para desviar o foco e ameaçou processar parlamentares que mencionarem a suposta mesada. Já o senador Sergio Moro rebateu afirmando que o governo não quer chegar “ao coração do esquema criminoso”.

Para a oposição, a votação desta quinta deixa claro que a CPMI está sendo usada para proteger o entorno da família Lula, enquanto se vende ao público a narrativa de combate aos desvios no INSS. Sem ouvir Lulinha, a comissão corre o risco de terminar seus trabalhos sem esclarecer as denúncias mais sensíveis.

Farra do INSS expõe contradição do discurso “ético” do governo

A própria “Farra do INSS” foi revelada em série de reportagens, mostrando a atuação de grupos organizados que se aproveitaram de aposentados e pensionistas para lucrar alto com operações suspeitas e contratos milionários. Agora, o vazamento do suposto “mensalão de Lulinha” adiciona uma camada política explosiva ao caso.

Enquanto o governo tenta blindar o herdeiro político do presidente, cresce a pressão para que a CPMI divulgue nomes, valores e conexões entre operadores do esquema e figuras próximas ao Planalto. A cada nova manobra para proteger Lulinha, aumenta a percepção de que há muito mais a ser descoberto do que o governo admite.

Fontes: Agência Senado, Agência Brasil, CNN Brasil, Metrópoles, blogs e portais que repercutiram o depoimento sobre a mesada de R$ 300 mil a Lulinha e a votação da CPMI do INSS.