Centrão prepara vingança contra Lula e inclui “surpresa” para Janja
Segundo fontes do Congresso, líderes do bloco articulam um verdadeiro “pacote da vingança” contra o Palácio do Planalto
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Após uma série de exonerações em massa ordenadas pelo governo Lula, atingindo diretamente cargos e indicações do Centrão, a reação política está em curso — e promete ser dura. Segundo fontes do Congresso, líderes do bloco articulam um verdadeiro “pacote da vingança” contra o Palácio do Planalto.
O estopim: exonerações e perda de espaço
As medidas do governo, orientadas sob a influência da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foram vistas como uma afronta direta ao grupo que vinha sustentando a base de Lula no Congresso. O Centrão, que controla cargos estratégicos e boa parte das pautas legislativas, promete responder com força total.
O “pacote da vingança”
Entre as ações em preparação, parlamentares discutem a derrubada do decreto que ampliou os poderes da primeira-dama Janja da Silva, concedendo-lhe acesso irrestrito à estrutura e equipe da Presidência da República. A medida vem sendo criticada até dentro da base governista, que a considera “inconstitucional e personalista”.
Outras medidas em análise incluem o esvaziamento da PEC da Segurança Pública, proposta pelo Planalto, e a aprovação de uma anistia a Jair Bolsonaro — nos moldes defendidos pelos aliados do ex-presidente e por parte expressiva do Congresso.
Surpresa na CPMI do INSS
Como parte das retaliações políticas, o Centrão também pretende votar a convocação de Frei Chico — irmão do presidente Lula — para depor na CPMI do INSS. A comissão investiga supostas irregularidades em convênios entre sindicatos e o Instituto Nacional do Seguro Social.
Deputados dizem que a convocação de Frei Chico seria uma “resposta simbólica e política” às interferências do governo nas indicações parlamentares. A proposta deve ser votada já amanhã.
Clima de tensão no Congresso
O clima nos bastidores é de confronto. Integrantes do Centrão afirmam que Lula “perdeu o controle da articulação política” e que as exonerações patrocinadas por Gleisi “foram o maior erro do governo em 2025”.
Com as eleições municipais se aproximando e a base rachada, o Planato corre contra o tempo para evitar que o Congresso imponha derrotas em série nas próximas votações.
Fonte: Jornal da Cidade Online