Nova pesquisa revela que Lula tem a maior rejeição e 56% afirmam que presidente não merece reeleição
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Os números divulgados pelo Ipsos-Ipec sobre a avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2025 chamam atenção por combinar liderança nas simulações de voto com um patamar elevado de rejeição, além de evidenciar o peso da inelegibilidade de Jair Bolsonaro e a dificuldade de consolidação de novas lideranças para a disputa de 2026.
Segundo o Ipsos-Ipec, Lula tem rejeição de 44%, sendo o nome com maior resistência entre todos os testados. Isso significa que 44% dos entrevistados afirmam que não votariam no presidente em nenhuma hipótese, ainda que ele lidere os quatro cenários eleitorais analisados.
Opinião sobre reeleição
O levantamento mostra também que 56% dos eleitores dizem que Lula não merece reeleição em 2026, enquanto 40% entendem que ele merece disputar um novo mandato. Em outra pergunta, 40% defendem que ele seja candidato à reeleição, contra 57% que preferem que ele não concorra novamente.
Comparação com outros candidatos
O estudo do Ipsos-Ipec também mediu o grau de rejeição a outros nomes cotados para 2026. O senador Flávio Bolsonaro (PL) aparece com rejeição de 35%, seguido por Eduardo Bolsonaro (32%) e Michelle Bolsonaro (30%). Governadores como Ratinho Jr (13%), Romeu Zema (13%), Tarcísio de Freitas (11%) e Ronaldo Caiado (10%) registram rejeição mais baixa, em parte por serem menos conhecidos nacionalmente.
Impacto da inelegibilidade de Bolsonaro
Para 49% dos entrevistados, é negativo o fato de Bolsonaro não poder concorrer, enquanto 40% veem essa situação como positiva. Para 6%, a inelegibilidade é indiferente, e outros 6% não souberam ou não responderam. O apoio de Bolsonaro a outro candidato influencia 27% dos entrevistados positivamente, enquanto 30% afirmam que diminuiria sua disposição de votar, e 37% dizem que não faria diferença.
Cenário eleitoral para 2026
Os resultados da pesquisa apontam para um ambiente marcado por alta rejeição aos principais nomes e forte polarização. Lula lidera a intenção de voto, mas enfrenta resistência de 44% dos entrevistados e uma maioria que considera que ele não merece a reeleição, enquanto a família Bolsonaro reúne pré-candidatos com rejeição menor, porém relevante. Nomes de centro ou de fora da polarização aparecem com menos rejeição, mas com baixa visibilidade nacional, o que limita seu alcance por ora.