Revelado o conteúdo do slide vetado por Moraes em julgamento

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\O slide destacava um trecho da peça elaborada por Zanin, em que ele criticava a utilização de documentos preliminares apreendidos durante as investigações, afirmando que havia “minutas de contratos não assinadas e manuscritos (garatujas) apreendidos em endereço de Alexandre Paes dos Santos, realizando um criativo e ficcional trabalho de dedução descomprometida para construir a narrativa — confusa — das tratativas que teriam ocorrido entre consultores e clientes (Montadoras) que, ao cabo, seriam bastantes para configurar crimes de corrupção ativa atribuídos ao defendente e a Gilberto Carvalho”.

A defesa de Martins, representada pelo advogado Jeffrey Chiquini, utilizou a crítica de Zanin para reforçar que o documento encontrado pela Polícia Federal (PF) — uma minuta de decreto sem assinatura — não deveria ser considerado como prova, já que não há assinatura e o argumento foi usado em outros julgamentos relevantes.

Decisão de Moraes

O ministro Alexandre de Moraes decidiu vetar a exibição dos slides, considerando o material “parcialmente impertinente” e com “diversos documentos e imagens que não estão juntadas aos autos e não dizem respeito ao objeto” do processo Com isso, impediu a comparação direta entre os episódios como estratégia retórica da defesa.