PF investiga esquema de propinas com saques de R$ 14 milhões em agência bancária dentro da Alepa

De acordo com a PF, contratos milionários eram direcionados, pagos e muitas vezes não executados, gerando recursos que depois eram sacados em espécie e repassados a autoridades públicas

Foto: Imagem em destaque

A Polícia Federal (PF) investiga um esquema de corrupção que teria movimentado R$ 14 milhões em saques realizados em uma agência bancária instalada dentro da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). A apuração faz parte da operação Expertise, deflagrada em setembro de 2025, que mira crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro no Estado.

Segundo documentos da PF, os valores eram retirados em espécie na agência do Sicoob e entregues a servidores da própria Alepa. O relatório aponta que o Legislativo estadual recebia “a maior fatia do bolo da propina” em contratos fraudulentos firmados por órgãos como o Detran e a Polícia Científica.

Além dos saques de R$ 14 milhões dentro da Assembleia, o Coaf identificou movimentações que chegam a R$ 101 milhões em espécie, principalmente ligadas à empresa Líder Engenharia e a sócios de companhias investigadas. Dois empresários – Jacélio Faria da Igreja e Alberto Furtado Pinheiro – tiveram prisão preventiva decretada.

De acordo com a PF, contratos milionários eram direcionados, pagos e muitas vezes não executados, gerando recursos que depois eram sacados em espécie e repassados a autoridades públicas.