Oposição na Câmara Articula Nova Obstrução Contra Presidente Hugo Motta por Fim do Foro Privilegiado
Uma das principais lideranças bolsonaristas afirmou, em caráter reservado, que "nenhuma medida está descartada", demonstrando a determinação do grupo em pressionar pela pauta
Foto: Imagem em destaque |
Parlamentares da oposição, com forte articulação do PL (Partido Liberal) de Jair Bolsonaro, estão planejando novas táticas para pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a colocar em votação a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa extinguir o foro privilegiado.
Caso a PEC não avance nas próximas semanas, os deputados da oposição prometem intensificar suas ações em plenário, incluindo a possibilidade de obstrução total das votações e até mesmo a repetição da ocupação da mesa diretora, manobra realizada na semana anterior.
Uma das principais lideranças bolsonaristas afirmou, em caráter reservado, que "nenhuma medida está descartada", demonstrando a determinação do grupo em pressionar pela pauta.
O Contexto do Adiamento:
O acordo inicial previa que a PEC do foro privilegiado fosse apreciada ainda nesta semana. Contudo, após uma reunião de líderes realizada em 12 de agosto, partidos de centro e de esquerda solicitaram mais tempo para analisar o texto. O líder do PSD, Antonio Brito (BA), foi um dos articuladores do adiamento, levando Hugo Motta a decidir por não incluir a matéria na pauta desta semana.
Divisões e Receios:
Embora parte da oposição tenha considerado aceitável um pequeno atraso para buscar um consenso mais amplo, lideranças do centro político avaliam que a votação da PEC enfrenta obstáculos significativos. O tema divide as bancadas, gerando receio de efeitos inesperados. Enquanto o Centrão busca afastar do Supremo Tribunal Federal (STF) investigações relacionadas às emendas parlamentares, há uma preocupação generalizada de que a tramitação da proposta em instâncias inferiores possa resultar em maior insegurança jurídica para os próprios deputados federais.